quinta-feira, 11 de junho de 2009

Regresso dos que não foram

Na beirada de fazer um ano da ultima postagem, decido retornar as escrivinhaturas, análogas abstratas, um ano se passou muitas coisas aconteceram, mas como se percebe, a vida de cada um são fases, e nos pegamos as vezes em sentimentos, sentidos, aprendizagens "redundantes cíclicas".

Bem ponta pé inicial dado, "Redundância Cíclica", ótimo nome né, principalmente para explicar que vira e mexe voltamos ao mesmo lugar, confesso que tenho andado meio descrente de tudo, não vejo soluções para muitas coisas, é pensando por esse lado, vejo que a falta do álcool tem me feito mal, analogias e subjetividades a parte.

Falando serio agora, se conselho fosse bom, não se dava, se vendia, mas deixo aqui registrado uma conselho : Não leiam Nietzsche!

Filosofo alemão, descrente da humanidade tem o dom de persuadi-lo as suas convicções,
Ele aponta claramente teorias que você ser pensante, logo associa a vida real, como dizia Nelson Rodrigues, "A vida como ela é", em uma de suas obras Nietzsche, aponta com o "homem" ser uma espécime de ligação entre o macaco animal até o Super-Homem,
Mais claramente, ele mantém o Elo entre os 2 pólos, onde o macaco, o ser animal, não provido de faculdades opinativas e dissertativas e tão pouco sociais, que age somente por sentido, natural, que seria mais a tão conhecida natureza humana, que antevêem o homem social, o homem territorialista, guiado por hormônios e necessidades biológicas, cujo não convém e nem detém tal discernimento social, onde teria de submeter-se a convenções sociais, E o outro pólo, o Super-Homem, o ser perfeito, tanto de aptidões físicas quanto morais, incapaz de cometer falhas , de se sujeitar ao erro, afinal erro é humano, e o Super-homem é Sobre-humano, quase um "Deus", então é desse homem, que vamos temos que nos ater, esta conexão entre Macaco->HOMEM<-Super-Homem, esconder nossos desejos mais primitivos, e almejar as virtudes mais surreais.

Às vezes as coisas complicam e o que se sobressai dentro de cada um é o instinto involuntário mais primitivo, homem por natureza, é territorialista, carnívoro, social, e insatisfeito por "DEFAUT".

Digo isso por falar o que todos sabem as não assumem, quando queremos uma coisa, vamos buscá-la, quando temos já não nos é tão objeto do desejo assim, assim é também com nossos pensamentos e descobertas, elas nos são valiosas e de grande estima pessoal, mas deixamos de prezá-las assim que as publicamos ou compartilhamos de alguma maneira, assim são com tudo que possuímos que o Pós-macaco e pré-Super-homem também é um colecionador, de coisas pessoas, historias, onde prezamos um vil sentimento alienado sobre tal "objeto", sito até mesmo pessoas como objetos de posse, que, pois mais que ninguém possua ninguém, o sentimento de posse é impregnado o e na maioria das vezes oculto e vergonhoso para alguns, onde se vê nuca convenção de expor seus sentimentos primitivos e existentes inegáveis e muito menos controláveis como uma vergonha, já que o Super-Homem (que é sua referencia de conduta e Moral) não tem tais sentimentos ligados a reações primitivas e naturais.

Aplicando isso no cotidiano você realmente fica descrente em muita coisa, mas é a fé que nos leva adiante, mas fé em que?

Pois é Assim Falou Zaratustra

Ao ler Quando Nietzsche chorou mais convencido fico das convicções dele, trazendo muitas de suas leituras para o contexto atual do meu ponto de vista, vendo o mundo pessimista e desconfiado, tive a saboroso prazer de estar correto nas minhas expectativas e aplicação de minhas teorias "nitanas", e infelizmente vos digo, e cretino estava correto, e eu também, os ratos tem mais moral do que os homens disso podem ter certeza, Lei do Gerson que o diga.

Como um prazer antigo, tenho como prioridade observar o comportamento das pessoas em suas situações de um modo em geral, é curioso ver como reagem a estímulos, noticias, informações, ou sua reação com uma reação alheia, ou até mesmo quem fica estático com uma ação, esta reagindo também, "Não te dizer o que penso já é pensar em dizer", é bom saber que toda conclusão que cheguei até hoje não esta falha, foi comprovada. O comportamento humano no mínimo é curiosíssimo, já Aristóteles em seus diálogos para chegar os seus questionamentos, usava como própria matéria prima, o homem, como discurso, curioso né? Mais curioso ainda seria abstrair o conceito geral, e nele achar o tal "Super-Homem". todo mundo precisa de uma referencia, Ronaldinho deve ter se inspirado no Romário, que se inspirou no Pelé, ou Renato russo que se inspirava em The Smiths, ou até mesmo Herbert Viana que sofria clara c influencia de The Police, para nós reles mortais nos restam referencias como essas as quais nos inspiram e influencia a ser o que queremos ser, ir onde queremos ir, mas quando falamos em Homem sentido humanidade em geral, este sim quer ser o Super-Homem.

Pois é da pra entender o inicio do que eu falei? Então: Não leia Nietzsche

Pois: melhor felicidade e satisfação é não pensar em nada
"Nietzsche"

Um comentário:

Unknown disse...

Começo dizendo:- Sim, o comportamento humano é curiosíssimo. Para toda ação existe uma reação. Quando conclui ao final:- Então, não leia Nietzsche! Minha reação é:- Não? Como não! Agora sim, quero lê-lo. rs. Não só nosso comportamento é curioso, como nós o somos. Seres curiosos, imperfeitos, sabedores, mas ávidos por conhecimento; errados, primitivos, porém dotados de grandes virtudes, não tão surreais como as do “Super-Homem”, mas somos um meio termo. Certo ou errado, somos um meio termo à luz do que imaginamos ser o Super-Homem. Viveremos sempre à luz das nossas interpretações? Talvez. Talvez, como o próprio Nietzsche disse, não existam fatos, apenas interpretações.

Por isso minha interpretação é:
“Digo isso por falar o que todos sabem mas não assumem, quando queremos uma coisa, vamos buscá-la, quando temos já não nos é tão objeto do desejo assim, assim é também com nossos pensamentos e descobertas, elas nos são valiosas e de grande estima pessoal, mas deixamos de prezá-las assim que as publicamos ou compartilhamos de alguma maneira, assim são com tudo que possuímos.... até mesmo pessoas...”

Concordo em parte, em se tratando, principalmente, de objetos, podemos vir a menosprezá-los num momento, logo após os comprarmos ou ganharmos. Como se fosse uma conquista que teria que se fazer a qualquer custo. E depois sem saber o porquê, perde-se o “tesão” por aquilo. Mas certamente, um dia voltaremos a apreciá-lo.

Agora, quanto às descobertas, pensamentos e pessoas, penso diferente. Eu acho que o que nos impede de irmos adiante após as conquistas de pessoas e nos aprofundarmos nas nossas descobertas e por vezes menosprezá-las é o nosso ego. Na hora que publicamos e compartilhamos nossas descobertas, e nos sentimos aliviados e perdemos o apreço por aquilo, estamos apenas satisfazendo nosso ego. O ego tem suas necessidades. Ele anseia pela certeza do que é certo e errado. Ele é nossa defesa. Ele não quer sentir medo, incerteza. Ele teme o desconhecido, que é justamente o que o caminho pelo amor quer nos levar. O amor vai tornar nossos sentimentos ambíguos,
desprotegidos, vulneráveis, nos deixar entregues, a mercê do novo, seja ele bom ou ruim. E agora eu te pergunto: O que seria de nós, sem essa coragem cega do amor? Aonde chegaríamos? O nosso ego certamente é uma ilusão. “A incerteza é que é a base da vida.” Acho que sempre precisaremos nos “entregar” a outras pessoas e a outros pensamentos para evoluirmos.
“Alimentando sua existência isolada, você continua no modo de existência mais familiar que conhece, que á a busca da auto-imagem.” ( D. Chopra). Continua apenas estimulando as necessidades do seu ego nunca vai além dele.

Nossas descobertas compartilhadas sempre serão valiosas, pois daí surgirão outras e outras e outras... Estamos sempre nos remetendo às descobertas anteriores, aos amantes anteriores, às nossas conquistas. Isso vai modelando nossa identidade. Estamos sempre fazendo alguém pensar, assim como os filósofos. Como podemos menosprezar aqueles que “possuímos”?
Se após as "possuirmos", tais pessoas estarão sempre se renovando. Sempre adquirindo experiências, se modificando, aptos a nos surpreender a cada instante, aptos a nos admirar e serem admiráveis. São exatamente esses momentos que fazem a nossa vida. Que nos fazem pessoas. Quanto mais “possuo” alguém (pense bem o que é possuir) mais ela se torna interessante e consequentemente importante pra mim.
Não posso dizer que não prezo mais pessoas as quais “possuo” ou pensamentos e descobertas que compartilho, quando justamente o bom é ver que depois de tanto tempo eles continuam “vivos”.

Pra mim, felicidade é também conhecimento. Auto-conhecimento, conhecimento de vida, de pessoas, dos sábios...
Se não há fatos, apenas interpretações, somos seres ilimitados e infinitos. Somos felizes, por isso; somos maiores por isso. Temos livre arbítrio!

Acho que devemos ler de tudo. Até mesmo Nietzsche. Não nos limitemos por causa dele e sim pensemos ele: “A sabedoria cria amarras mesmo para o conhecimento”.

Até a próxima,
Dani.