sexta-feira, 13 de junho de 2008

O Inconsciente Coletivo

Uma das teorias pela qual Jung é mais reconhecido é a teoria do inconsciente coletivo. Essa teoria foi adotada somente por algumas escolas psicológicas.

Segundo Jung, o inconsciente coletivo não deve sua existência a experiências pessoais; ele não é adquirido individualmente. Jung faz a distinção: o inconsciente pessoal é representado pelos sentimentos e idéias reprimidas, desenvolvidas durante a vida de um indivíduo. O inconsciente coletivo não se desenvolve individualmente, ele é herdado. É um conjunto de sentimentos, pensamentos e lembranças compartilhadas por toda a humanidade.

O inconsciente coletivo é um reservatório de imagens latentes, chamadas de arquétipos ou imagens primordiais, que cada pessoa herda de seus ancestrais. A pessoa não se lembra das imagens de forma consciente, porém, herda uma predisposição para reagir ao mundo da forma que seus ancestrais faziam. Sendo assim, a teoria estabelece que o ser humano nasce com muitas predisposições para pensar, entender e agir de certas formas. Por exemplo, o medo de cobras pode ser transmitido através do inconsciente coletivo, criando uma predisposição para que uma pessoa tema as cobras. No primeiro contato com uma cobra, a pessoa pode ficar aterrorizada, sem ter tido uma experiência pessoal que causasse tal medo, e sim derivando o pavor do inconsciente coletivo. Mas nem sempre as predisposições presentes no inconsciente coletivo se manifestam tão facilmente.

Os arquétipos presentes no inconsciente coletivo são universais e idênticos em todos os indivíduos. Estes se manifestam simbolicamente em religiões, mitos, contos de fadas e fantasias. Entre os principais arquétipos estão os conceitos de nascimento, morte, sol, lua, fogo, poder e mãe. Após o nascimento, essas imagens preconcebidas são desenvolvidas e moldadas conforme as experiências do indivíduo. Por exemplo: toda criança nasce com o arquétipo da mãe, uma imagem pré-formada de uma mãe, e à medida que esta criança presencia, vê e interage com a mãe, desenvolve-se então uma imagem definitiva.

Conclusão

Jung acreditava que na vida cada individuo tem como tarefa uma realização pessoal, o que torna uma pessoa inteira e sólida. Essa tarefa é o alcance da harmonia entre o consciente e o inconsciente.

Jung explorou outras áreas da psicologia, tais como o desenvolvimento da personalidade, identificação de estágios da vida, as dinâmicas da personalidade, sonhos e símbolos, entre outras. Suas teorias tiveram um grande impacto sobre o campo da filosofia e são amplamente estudadas e praticadas até os dias de hoje.

3 comentários:

Se serve pra mim, serve pra você. disse...

Beleza... deu pra entender o estudo do cara. Mas ao mesmo tempo não acho legal uma pessoa colocar toda a culpa ou justificar seja o que for dando esse motivo "ah é o inconsciente coletivo" e pronto rs
A cabeça tem que funcionar... no presente, racionalmente algumas vezes pelo menos, né?
Tchauzinho!
ps: Viu como eu sou educada? Eu leio de verdade e comento... rs

Renata Fern disse...

Dá-lhe, Sandrinho!!!

O inconsciente pra mim funciona como um pára-quedas reserva... Hahaha

Tudo bem, querido?

Beijos,
Rê.

Michell Mello disse...

Fico muito angustiado com essa idéia de que minha consciência tem um a priori externo!